Do que já se sabe das eleições em França e na Grécia (vitória de Hollande; uma soberana confusão a sul) fica claro que a Europa não vai poder continuar a ser governada a golpes de martelo. Até agora têm imposto a sua vontade aqueles usam a sua força para vergar os demais e que têm do jogo democrático dentro da UE uma concepção muito esquemática. Vai ser preciso aprender a negociar mais abertamente, tendo em conta os eleitorados e não tratando os governos nacionais como filiais de um comando europeu cuja legitimação democrática é percebida como fraca pela generalidade dos cidadãos. A democracia não se esgota nas eleições, uma verdade válida para qualquer comunidade política sofisticada; numa estrutura de governo muito indirecta, como a da UE, perceber isso é ainda mais importante. Pode ser que estes resultados obriguem, com mais ou menos dor, a perceber isso.
Do que já se sabe das eleições em França e na Grécia (vitória de Hollande; uma soberana confusão a sul) fica claro que a Europa não vai poder continuar a ser governada a golpes de martelo. Até agora têm imposto a sua vontade aqueles usam a sua força para vergar os demais e que têm do jogo democrático dentro da UE uma concepção muito esquemática. Vai ser preciso aprender a negociar mais abertamente, tendo em conta os eleitorados e não tratando os governos nacionais como filiais de um comando europeu cuja legitimação democrática é percebida como fraca pela generalidade dos cidadãos. A democracia não se esgota nas eleições, uma verdade válida para qualquer comunidade política sofisticada; numa estrutura de governo muito indirecta, como a da UE, perceber isso é ainda mais importante. Pode ser que estes resultados obriguem, com mais ou menos dor, a perceber isso.