Dia de inaugurações no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (F.C. Gulbenkian). Delas destaco a da exposição ANOS 70 ATRAVESSAR FRONTEIRAS. Fica até 10 de Janeiro de 2010. Claro que lá voltaremos, para o olhar mais atento que não está disponível em inaugurações, mais para ver os artistas e outras pessoas do que as respectivas obras.
A rua também festejou: reviveu uma intervenção de 1974, que aqui fotografei com telemóvel, à falta de melhor preparação. (Não, o telemóvel não fotografa nada: eu é que fotografei.) Dizem-me que a intervenção foi criada então, e recriada agora, por Clara Menéres. Mas, aí, fio-me no que me dizem, que eu não sei. (Ou, pelo menos, não sei se sei. Se está certo o que me disseram, sei. Mas, sem saber se está certo o que me disseram, não sei se sei. Ou estou errado?)
Nova vida para o Centro de Arte Moderna? Suspeito que sim. Que bem merece.
Esta exposição, que ocupará praticamente a totalidade do CAM, visa mostrar a produção artística portuguesa da década de 70, época particularmente fecunda para a história da cultura e das artes visuais em Portugal. Será dada ênfase a obras que traduzam a assunção de uma ideologia de experimentação (estética, plástica, formal), uma enorme variedade de orientações (materiais e plásticas) e linguagens, desde as tradicionais pintura e escultura, até à performance, à instalação, bem como à consagração da fotografia e da imagem em movimento. Pretende-se também dar alguma visibilidade a um núcleo de documentação histórica, realçando o cartaz como suporte de comunicação global.Actualização [12/10/09]
Pode ler-se no Grão de Areia: «O Grupo Acre, em Agosto de 1974, surpreendia pela manhã os habitantes das cidades de Lisboa e Porto, pintando, durante a noite, as ruas e passeios com padrões abstractos. Até a Torre dos Clérigos foi alvo desta liberdade de criar.»
A foto abaixo vem desta fonte, completando o que fora escrito acima.
Acção Cultural elaborada pelo Grupro Acre, Rua do Carmo, Lisboa, Agosto de 1974