1.7.08

pela minha rica saúde


Lê-se hoje no jornal Público: «Se não se fizer nada entretanto, dentro de cinco anos poderemos ter um sistema de saúde que não responde às necessidades da população, alerta o Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) no seu relatório anual, que é oficialmente divulgado hoje em Lisboa.»

Actualização: O governo quer aumentar o número de médicos no sector público da Saúde através da abertura de mais vagas nas universidades, da identificação de estudantes portugueses no estrangeiro e da contratação de médicos de outros países, anunciou hoje a ministra da Saúde.

Um governo do PS tem de levar este aviso muito a sério.
Este governo tratou, e bem, de introduzir alguma ordem nas despesas da saúde. O desperdício é criminoso, especialmente num país pobre, como (comparativamente com a nossa região de referência) é o caso de Portugal. É, realmente, necessário gastar bem. Não gastar nem mais um tostão do que o necessário. Caso contrário, a direita e os interesses económicos rapidamente mobilizarão tal argumento para privatizar à tripa forra - o que se fará, não duvidem, em prejuízo dos que menos podem. E, quando o sistema público for apenas para os desgraçados sem alternativa, o seu clamor não chegará aos céus - e os que hoje bramam estarão calados - e o SNS tornar-se-á um pardieiro.
Mas - há sempre um mas - é necessário gastar tudo o que seja necessário. Não podemos pagar com doença o que se poupa em dinheiro. Está na hora, pois, de o governo do PS dar um sinal de que está atento a estes sinais.