30.5.13

uma condecoração da ordem dos banqueiros.



Independentemente da valia de cada um deles, que não discuto, Amado e Teixeira dos Santos foram dos que - junto com os banqueiros - mais se opuseram às tentativas de Sócrates para evitar o "resgate" da troika. Agora, dizem as más línguas (do "i", neste caso) que podem ir para banqueiros do Estado. Parece um prémio a terem visto mal as consequências do tal resgate - que, como hoje toda a gente sabe, só torna as coisas mais difíceis. Infelizmente, naquele tempo ganharam os que não quiseram tentar uma saída sem o aparato dos "memorandos", que se revelaram uma canga que não ajuda a cumprir os objectivos proclamados. Às vezes, a história não demora muito tempo a começar a ser feita.

(Para acalmar os apressados: não disse que não haveria sacrifícios sem memorando. O que digo é que o esquema do "resgate" é uma forma de escrever na pedra umas teorias que nos amarram a politicas erradas, mesmo depois de toda a gente ver que estão erradas. É que, em tempos de incerteza, ter certezas e escrevê-las na pedra é apenas sinal de irracionalidade. É por isso que a ortodoxia facilmente cai na burrice.)