Na semana passada o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, foi recebido na Assembleia da nossa República (AR). Na sala do senado, perante uma reunião conjunta das comissões parlamentares. Houve discursos e coisas que tais.
Parece, segundo a rádio, que o presidente da AR, Jaime Gama, manifestou nessa ocasião esperança ou desejo de que José Manuel Barroso tenha um segundo mandato à frente da Comissão Europeia.
Ora, conhecendo a conjugação das regras e das práticas institucionais da União, isso significa que Gama deseja que a direita vença as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Foi essa direita europeia que escolheu Durão para o lugar, como politicamente lhe competia por ter ganho as eleições europeia. Então, sendo Gama, hoje em dia, a segunda figura do Estado, onde chegou porque o Partido Socialista o colocou lá (uma vez que nunca ganhou nenhuma grande eleição nacional pelo seu próprio pé), fica a dúvida: porque razão o Dr. Gama deseja a vitória dos adversários políticos do seu partido e da sua "família política" nas eleições europeias?
Alguns dirão: é por ser português. A meu ver essa é uma visão muito estreita da política europeia. Uma visão com uma entorse "nacional". O que interessa é a valia do personagem e o que ele anda a fazer. A candidata socialista à presidência da república francesa, por exemplo, ainda agora voltou a criticar a visão meramente liberal que Barroso tem para a Europa. Ou será mesmo disso que Gama gosta em Durão?
Na última vez que a questão se colocou, quando se tratava de escolher o presidente da Comissão Europeia agora em funções, Portugal tinha um candidato "oficial" a presidente (o então, aliás excelente, Comissário António Vitorino) e o então primeiro-ministro de Portugal (Barroso) fazia de conta que apoiava esse candidato e andava a fazer-lhe a cama, porque desejava o lugar para si. Num certo sentido tinha razão, porque, se as eleições europeias não servissem para influenciar os lugares e as políticas europeias, não valia a pena irmos a votos. O que não se percebe é que, agora, sejam (certos) socialistas a "desejar" a vitória dos apoiantes de Barroso por essa Europa fora.
Parece, segundo a rádio, que o presidente da AR, Jaime Gama, manifestou nessa ocasião esperança ou desejo de que José Manuel Barroso tenha um segundo mandato à frente da Comissão Europeia.
Ora, conhecendo a conjugação das regras e das práticas institucionais da União, isso significa que Gama deseja que a direita vença as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Foi essa direita europeia que escolheu Durão para o lugar, como politicamente lhe competia por ter ganho as eleições europeia. Então, sendo Gama, hoje em dia, a segunda figura do Estado, onde chegou porque o Partido Socialista o colocou lá (uma vez que nunca ganhou nenhuma grande eleição nacional pelo seu próprio pé), fica a dúvida: porque razão o Dr. Gama deseja a vitória dos adversários políticos do seu partido e da sua "família política" nas eleições europeias?
Alguns dirão: é por ser português. A meu ver essa é uma visão muito estreita da política europeia. Uma visão com uma entorse "nacional". O que interessa é a valia do personagem e o que ele anda a fazer. A candidata socialista à presidência da república francesa, por exemplo, ainda agora voltou a criticar a visão meramente liberal que Barroso tem para a Europa. Ou será mesmo disso que Gama gosta em Durão?
Na última vez que a questão se colocou, quando se tratava de escolher o presidente da Comissão Europeia agora em funções, Portugal tinha um candidato "oficial" a presidente (o então, aliás excelente, Comissário António Vitorino) e o então primeiro-ministro de Portugal (Barroso) fazia de conta que apoiava esse candidato e andava a fazer-lhe a cama, porque desejava o lugar para si. Num certo sentido tinha razão, porque, se as eleições europeias não servissem para influenciar os lugares e as políticas europeias, não valia a pena irmos a votos. O que não se percebe é que, agora, sejam (certos) socialistas a "desejar" a vitória dos apoiantes de Barroso por essa Europa fora.