21.1.13

Apresentação no Porto.


Nesta próxima quinta-feira, 24 de Janeiro, pelas 18h30, estarei no Porto para uma sessão de apresentação do meu livro Podemos matar um sinal de trânsito? Um divertimento político-filosófico acerca da profundidade do quotidiano.

Será na Livraria Leitura - Shopping Cidade do Porto, a apresentação estará a cargo da Professora Conceição Soares (Universidade Católica Portuguesa, Porto).

Ficam convidad@s.

(clicar na imagem para aumentar)


Porque é que os autores do blogue 31 da Armada, quando, a 10 de Agosto de 2009, subiram à varanda dos Paços do Concelho de Lisboa e hastearam a bandeira azul e branca, não restauraram a monarquia, como disseram ter feito, reclamando que foi precisamente com esse gesto que em 1910 foi proclamada a República?
O que explica que Obama tenha repetido o juramento como presidente, no dia seguinte à cerimónia de tomada de posse assistida por milhões de pessoas, desta feita sem anúncio prévio, num ambiente recatado e perante um restrito número de testemunhas?
O que terá uma câmara municipal feito para ser acusada de colocar falsos polícias na rua?
É mais fácil falsificar notas ou falsificar instituições?
Quando cai um sinal de sentido proibido, por esse facto desaparece a proibição de circular nesse sentido naquela rua?
Este livro, com um título que à primeira impressão soa estranho, “Podemos matar um sinal de trânsito?”, convoca um conjunto de factos da nossa vida colectiva, que passam nos jornais e nas televisões como episódios anedóticos, mas que descobrimos serem muito mais sérios do que parecem, desde que nos demos ao trabalho de os olharmos com olhos de ver.
O subtítulo ajuda a esclarecer o que aqui está em causa: “Um divertimento político-filosófico acerca da profundidade do quotidiano”. Neste livro, tentei que esse trabalho de perceber a profundidade do quotidiano se transformasse num prazer, pela forma desprendida como somos levados a descobrir o que pensávamos estar cansados de saber.
Sem ser um romance, este livro é como um romance: no fundo, conta uma história que queremos saber como acaba. Sem ter a forma de um ensaio, é um ensaio: tem uma tese, mas não a impõe, nem arregimenta os argumentos em ordem clássica, deixando ao leitor o trabalho, que aqui é um gosto, de descobrir o seu próprio caminho marítimo para a Índia. É um divertimento, porque divertirá o leitor tanto ou mais do que divertiu o autor, mas é filosofia por ser pensamento estruturado para lá das fronteiras das disciplinas, e é política por questionar dinâmicas profundas da nossa vida colectiva.