6.4.21

10 anos depois do resgate, memória

 

A comunicação social lembra-nos: foi há 10 anos, a 6 de abril de 2011, que o Governo anunciou o pedido de ajuda às entidades internacionais, primeiro pela voz do então ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e, horas mais tarde, numa comunicação ao país do primeiro-ministro em funções, José Sócrates.

É salutar, contudo, lembrar mais qualquer coisa, directamente em relação com esse facto de há uma década.

A 16 de Maio de 2013, na televisão (SICN, programa Quadratura do Círculo), António Lobo Xavier disse uma verdade essencial para compreender a vinda da Troika para Portugal e o que se passou nos anos seguintes.


O histórico dirigente do CDS afirmou que foram o PSD e o CDS que forçaram a intervenção da "troika" em Portugal e que nem Merkel queria que o resgate tivesse acontecido assim. Segundo Lobo Xavier, PSD e CDS quiseram a entrada da troika por razões de política interna, para pressionar o Governo da altura (José Sócrates).


Lobo Xavier lembra que a ajuda europeia poderia ter corrido como em Espanha, sem Memorando e sem Troika. (Aliás, foi assim também em Itália.) Mas Portugal teve todo este aparato de “resgate” porque a oposição de então (PSD e CDS) assim o quis. Perguntado “quem quis?”, Lobo Xavier respondeu “foi o aprendiz de feiticeiro” e depois explicou quem é o aprendiz de feiticeiro: Pedro Passos Coelho.


Felizmente para os portugueses, a crise resultante desta pandemia não é gerida pelos mesmos...


 
 
Porfírio Silva, 6 de Abril de 2921
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