30.9.09

aníbal e manuela




Foto de Nad Renrel sobre The Lovers, de René Magritte (1928).


[Agradeço a pista (involuntária) a Inês S. V. ]

Cavaco conseguiu ultrapassar o Público



O sr. Fernandes, do Público, está na praça pública como implicado (por gosto próprio ou por ter sido manipulado) numa conspiração contra o governo e/ou um dos partidos concorrentes às recentes eleições legislativas. Parecia difícil alguém sair pior no retrato resultante da revelação da conspirata.
Parecia... mas não é certo. Cavaco conseguiu fazer disparate ainda maior.
Como o próprio sr. Fernandes explica no Público, hoje, em editorial. Que se resume assim: por fraqueza, o PR não esclareceu o que devia esclarecer, abrindo a possibilidade de salvar formalmente a face do jornal que deixou que lhe encomendassem uma notícia.

Será um golpe de Estado?



O título não é meu, é de André Macedo, director adjunto do i. Cito:

A resposta que o país exigia ouvir da boca do Presidente da República não precisava de 1082 palavras - o equivalente a duas páginas de jornal - e a 10 minutos e 25 segundos de directo televisivo. O excesso de palavras só se justifica porque Cavaco fez tudo para fugir ao essencial.


Um texto que vale a pena ler, na íntegra, aqui.


já a noite lá vai



Adormeci zangado com a evidência de ter o Estado do meu país entregue aos cuidados de um incendiário.
Acordei triste a pensar como é fácil a um indivíduo, desde que colocado em posições com que não sabe lidar, prejudicar a vida de todo um povo.

Precisava mesmo de ler/ver/ouvir a Fátima. Apesar de ela não ser (acho eu) a nossa senhora de fátima.


29.9.09

a verdade, senhor presidente, ....





...acaba de ser explicada, na sua inteireza, por Pedro Silva Pereira, em nome do Partido Socialista. Que se limitou a lembrar aquilo que o PR tentou (pasme-se!) esconder. Porque não faz sentido que Cavaco, depois de ter tentado assistir da poltrona ao linchamento do PS, sem se preocupar com a mentira essencial que o usava para esse serviço, venha agora tentar contar a história de pernas para o ar. Note-se que o representante do PS tentou, apesar de tudo (quer dizer, apesar da hipocrisia e irresponsabilidade de Cavaco), preservar a figura do chefe de Estado. Já que o chefe de Estado não faz o que devia para preservar a sua própria figura.

Cavaco acusa PS de o querer “encostar” ao PSD e à campanha eleitoral.

por que é que Cavaco não aceitou perguntas?



Ao que já escrevemos aqui sobre a incrível pirueta de Cavaco, só acrescentamos uma pergunta: qual a razão para Cavaco não ter deixado os jornalistas fazerem perguntas? É que, se afinal não houve escutas nenhumas - Cavaco nunca as mencionou - tem de ter havido algum tipo de manobra na acusação contra o governo de que as teria feito. E tem de haver uma explicação para Cavaco nunca ter clarificado que essa acusação - gravíssima - ao governo... era afinal fantasiosa! Porquê, senhor presidente? Ficaram tantas perguntas por fazer, escondidas atrás da voz grossa sem substância de um homem que se descobre ser mais baixo do que parecia...

Cavaco acusa PS de o querer “encostar” ao PSD e à campanha eleitoral.

Cavaco acusa figuras do PS de terem ultrapassado os "limites da decência".

hipocrisia e irresponsabilidade




O Presidente da República acaba de dirigir-se ao país para fazer em directo um exercício de hipocrisia e irresponsabilidade no "caso das escutas a Belém".

Um exercício de hipocrisia, porque Cavaco, depois de ter alimentado, pelo silêncio cúmplice, a acusação de que o governo andava a espiar a presidência, assim servindo a campanha da "asfixia democrática" que era o eixo da "proposta" que a sua amiga MFL tinha para apresentar ao país, só se lembra de atacar os meios pelos quais foi desmascarada essa montagem. Cavaco, aliás, volta ao ridículo de considerar que as suspeitas de espionagem eram fundadas na acusação de haver membros da sua Casa Civil a colaborar com o PSD - quando é sabido que essa "informação secreta" estava publicada no site da "política de verdade" antes de dirigentes do PS se lhe terem referido. Cavaco pensa poder ainda, e mais uma vez, abusar da sua imagem de virgindade para se fazer acreditar sem nada de mais substantivo - mas já poucos acreditam nessa virgindade depois de tudo o que se passou.

A comunicação de Cavaco é também um exercício de irresponsabilidade. Em primeiro lugar, por vir informar o país que as suas diligências sobre "segurança" no Palácio só foram feitas hoje: perguntou se a correspondência electrónica podia ser violada. Porquê só fez isso hoje e não desde que, pelos vistos há bastante tempo, tem suspeitas? Porquê privilegiou esse possível meio de espionagem - e não as tais escutas, por exemplo? E porque veio tornar públicas diligências da Presidências em matéria de segurança? Tudo isto revela uma enorme incapacidade para lidar com questões delicadas do órgão que ocupa o topo do Estado no nosso país.

De qualquer modo, e esse é outro ponto interessante, fica agora a palavra ao Público - e, eventualmente, a Fernando Lima. Se Cavaco nunca mandou fazer nada daquilo que se lê no mail publicado no DN, será que Fernando Lima enganou os jornalistas do Público? Será que um jornalista do Público inventou tudo aquilo? Será que o DN inventou o mail? Esta última hipótese já nem por José Manuel Fernandes é sustentada. Deixem, então, que fale o sr. Fernandes. Ou o sr.Lima, que continua escondido em Belém.

Uma coisa é certa: Cavaco Silva mostra tratar todo este imbróglio com grande falta de sentido das suas altas responsabilidades. E é triste ver que a única maneira que vê ao seu alcance para tentar disfarçar isso é imiscuir-se na pequena intriga política, danificando perigosamente a sua já escassa margem de manobra para dar um contributo útil para a difícil situação política do país. Nunca vi um Presidente constitucional desta jovem democracia descer tão baixo.

Cavaco acusa PS de o querer “encostar” ao PSD e à campanha eleitoral.

Cavaco acusa figuras do PS de terem ultrapassado os "limites da decência".

Aditamento. Entretanto, o Público acha que "PS afronta Cavaco". Será que o senhor Fernandes continua a ser a voz do senhor Lima?

certificações



O Francisco Clamote, do Terra dos Espantos, bem como a Ana Paula Fitas, do A Nossa Candeia, tiveram, cada um, uma gentileza com este blogue. A atribuição do selo (dois selos!) Vale a pena ficar de olho nesse blog! É uma certificação a dobrar, pois.
Como a maior parte dos meus amigos que lêem este blogue se queixam de que ele (ele blogue, ou eu autor?) é por vezes um quanto para o cansativo, fico sempre admirado com estas distinções. Mas elas, em todo o caso, são-nos sempre simpáticas. E sempre são ocasião para estas "conversas".
Vou cumprir de uma só vez a obrigação associada a estas certificações, indicando 10 blogues a quem quero colar o selo. Assim, por ordem alfabética:


Já estou acostumado a dar estas certificações a autores de blogues que fogem como o diabo da cruz de dar continuidade a qualquer "corrente". Mas, quem queira ter a simpatia de continuar, só tem de dar ao mundo mais 10 sugestões de casas a visitar.

certificações






O José Leitão, do Inclusão e Cidadania, e o Carlos Santos, d' O Valor das Ideias, embora decerto com boas intenções, acusam-me de fazer um blogue viciante. Não acho - mas não vou escudar-me numa atitude de negação para fugir às minhas responsabilidades.
Em primeiro lugar, agradecer: quem saiba quem eles são compreende que é agradável passa no seu crivo crítico.
Segundo, devo assumir três compromisso para o futuro, o que faço remetendo para formulação anterior em ocasião similar.
Terceiro, passar a mão a outros dez blogues, a saber (por ordem alfabética):


Ana de Amsterdam

Carlos M. Fernandes – Photography

Cleopatra Moon

Defender o Quadrado

Der Terrorist

Linha dos Nodos

Livro de Estilo

notas bedéfilas

Rua Da Judiaria

Welcome to Elsinore

Vou ficar aqui sentado a ver se algum dos distintos autores dá seguimento à incumbência... o que seria uma surpresa estatística, dados o tipo de blogues que costumo escolher para estes toques!

notas dispersas, contributos para um rescaldo das legislativas


(Bom, que isto vai ser complicado para o próximo governo, já todos sabemos. Por isso, falemos de outras coisas.)

Quantos aos ideólogos da direita situacionista da área do PSD: esqueçam o José Pacheco Pereira, que perdeu qualquer pingo de credibilidade que lhe restasse com os malabarismos desta campanha. Vê-lo a fazer o pino, em directo na Quadratura do Círculo, acerca do BelémGate, foi penoso. O problema de JPP é que o marketing da sua marca no seu nicho de mercado passava por manter alguma aparência de credibilidade – e essa aparência esvaneceu-se de vez.

É preciso agora olhar para outro lado. Paulo Rangel chegou tarde à campanha do PSD e não conseguiu, por isso, impor a sua cartilha. Mas ainda teve tempo de mostrar que a sua abordagem não mudou desde as Europeias. Paulo Rangel contribui para a política nacional com uma nova visão da luta política: mentir, mentir sempre, mentir sobre tudo – e quanto mais delirante for a mentira mais difícil será desmontá-la. É preciso começar a coleccionar as mentiras de Paulo Rangel e fazer o trabalho de casa de as mostrar ao mundo. E qualquer debate com ele tem de ser preparado na perspectiva de que ele usa compulsivamente a mentira como arma política. Ele vem aí.

E não vem sozinho.


28.9.09

Ifigénia na Táurida



A fechar o dia de reflexão para as eleições legislativas deste ano de 2009, no Sábado passado, rumamos ao Teatro da Cornucópia, onde vemos o que para nós continua a ser o melhor teatro que se faz no burgo.

Ifigénia na Táurida, de Goethe, para este espectáculo traduzido em "recriação poética" por Frederico Lourenço, é um drama que se desenrola no íntimo das personagens e longe da acção. Complexo como tudo o que supõe uma viagem às raízes clássicas da nossa cultura, por se enredar nas mais mirabolantes peripécias de famílias que misturam deuses e homens, mas mais ainda por tocar o nervo de dificuldades que continuam a apoquentar-nos, pode afinal ser lido com muita nitidez de um certo ângulo.
O ângulo que supomos fornece a mais límpida leitura é o da impureza da acção: tratando-se de saber se essa impureza é necessária ou contingente às nossas fraquezas. Ifigénia não desarma da sua determinação de fidelidade a uma máxima de vida: "A lei que me fala e que me leva a desobedecer-te é outra: é a lei segundo a qual toda a vida humana é sagrada". O ponto é que a pura determinação de Ifigénia parece estar ligada ao seu desligamento do mundo: ela, sacerdotisa de Diana, vive fechada no templo e nos circundantes espaços sagrados, longe dos campos de batalha e de labuta. Ela, virgem, nem da mais básica célula da sociedade participa. Quem governa um povo, tal como esse mesmo povo, não pode dar-se ao luxo dos mesmos deslaçamentos que a virgem sacerdotisa. A pureza não casa bem com a acção, com o mundo. Será? É nessa questão que vale a pena embarcar para a leitura deste espectáculo.




O espectáculo não contém elemento algum que nos possa distrair das palavras e da consciência das personagens: assim se explica o despojamento do cenário, sem um grão de pó a mais do que o necessário.
Como já sabemos que tem de ser, Luís Miguel Cintra e Beatriz Batarda, nos principais papéis, transportam-nos à síntese da emoção com a compreensão. Sublime.

Pela Companhia de Teatro da Cornucópia, no Teatro do Bairro Alto, até 1 de Novembro.



a vitória do PS



Se a batalha tivesse sido pífia, esta vitória seria curta. Como a batalha, na realidade, foi tremenda, esta vitória é muito significativa.
Sócrates, e o PS, só têm de continuar a pensar no país. Mais do que em acordos. Se bem que eu entenda que o espírito de compromisso faz falta ao país, e tem de ser desenvolvido - qualquer exercício de negociação tem de ser guiado, sempre e apenas, pelo entendimento que cada um faz do bem comum. Monitorizaremos o que aí vem com um olho em cima do programa eleitoral do PS, porque foi por esse programa que demos a cara.


Paisagem



Paisagem

Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amargo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo
Sacudiam na areia as suas crinas.

Era o céu azul, o campo verde, a terra escura,
Era a carne das árvores elástica e dura,
Eram as gotas de sangue da resina
E as folhas em que a luz se descombina.

Eram os caminhos num ir lento,
Eram as mãos profundas do vento
Era o livre e luminoso chamamento
Da asa dos espaços fugitiva.

Eram os pinheirais onde o céu poisa,
Era o peso e era a cor de cada coisa,
A sua quietude, secretamente viva,
E a sua exalação afirmativa.

Era a verdade e a força do mar largo,
Cuja voz, quando se quebra, sobe,
Era o regresso sem fim e a claridade
Das praias onde a direito o vento corre.


Sophia de Mello Breyner Andresen



25.9.09

então, até segunda-feira num país perto de si


Salvador Dalí, Rosa Meditativa


Pela primeira vez empenhei-me numa campanha política na blogosfera. Mais exactamente, numa campanha eleitoral. Agora, essa fase está de partida. Segunda-feira, dependendo do resultado das eleições, Portugal estará em melhores ou em piores condições para enfrentar os nossos desafios colectivos. Segunda-feira, seja qual for o resultado das eleições, a minha vida pessoal vai continuar aquilo que era antes. Não vou mudar de trabalho, não vou ser promovido nem despromovido, não vou ganhar um gabinete com melhor vista para o Tejo. E tenho orgulho em que assim seja. Honra-me ter estado ao lado de gente que faz o que a sua consciência lhe dita (refiro-me aqui especialmente à co-autoria do blogue SIMplex), sem que isso envolva qualquer tipo de retribuição pessoal. Nesta campanha isso fez cócegas a muita gente: àquela gente que, vivendo avençada, só compreende quem vive avençado. Que não é o nosso caso.
Campanhas eleitorais nem são propriamente o meu prato preferido. Então, por que me meti nesta? Por achar que tinha a responsabilidade de dar o meu pequeno contributo. Contributo para quê? Para contrariar a tentativa mais sistemática que alguma vez vimos desde o 25 de Abril para destruir um líder político por meios desleais e desonestos. Que teve como alvo José Sócrates. Para denunciar a coligação negativa, entre a “direita” e a “esquerda”, que se montou neste país contra o PS. Com MFL a falar como o Major Tomé e com Louçã a falar como o pároco de Arronches, parecendo sempre à beira de dar a Sócrates uma penitência de três padre-nossos e cinco ave-marias por pecados que só o pregador conhecia. Para tentar ajudar à compreensão do que se fez nesta legislatura e do que é necessário fazer na próxima, já que acho simplesmente triste que um programa de governo tão vazio de ideias como o do PSD possa ter a oportunidade de se esconder atrás do biombo de campanhas ridículas como a da asfixia democrática. Acho que dei esse contributo: foi pequeno, mas foi o que estava ao meu alcance. A isso chamo cidadania.
Só falta mais uma coisa. Mas isso será no Domingo, no segredo da urna. Porque todos os votos são necessários.



trabalhos de sísifo



Não sou suficientemente masoquista... para querer desperdiçar todo o esforço que o país fez nestes últimos quatro anos e meio.
Quero "a outra metade do caminho" para consolidar o que foi feito.
Por não me apetecer estar sempre a começar de novo.
E nenhuma das oposições mostrou ser capaz de compreender como pegar no legado e fazer melhor.
O PS e Sócrates foram, ao fim e ao cabo, os únicos que aprenderam alguma coisa com os seus próprios erros. Que são erros de quem faz. Erros que não pode cometer quem não sabe fazer.




notícias do mundo do trabalho



Ouvi há pouco António Peres Metello, no programa Economia dia-a-dia, na TSF, a dar uma notícia que não vi ainda em mais nenhum meio. Certas notícias, apesar de verdadeiramente significativas, passam ao lado do ruído.


É que parece que foi finalmente concluída a revisão do contrato colectivo de trabalho para a indústria gráfica. Estava num impasse há anos. O impasse resultava de duas forças de travão. Por um lado, os sindicatos queriam preservar alguns direitos (nomeadamente salariais) sem dar a devida atenção às necessidades da indústria para se adaptar a condições que mudaram muito nos últimos anos – cedendo assim, os sindicatos, e por reflexo defensivo, à tentação de pura eternização de instrumentos reguladores desactualizados. Por outro lado, o patronato preferiria deixar caducar as convenções existentes e criar um vazio que lhe deixasse as mãos livres para fazer o que bem entendesse com os direitos dos trabalhadores – e era essa possibilidade com que sonhavam, muitos no patronato, desde que um recente governo de direita lhes abriu essa perspectiva de criar vazios na contratação colectiva.

Ora, com recurso a um mecanismo do novo Código do Trabalho, aprovado na legislatura que finda – a arbitragem obrigatória – é possível impedir que as partes bloqueiem as negociações, ao mesmo tempo que não se deixam os trabalhadores desprotegidos de qualquer contrato colectivo. Foi esse mecanismo novo que deu agora resultados novos. Há um novo contrato colectivo de trabalho para a indústria gráfica. O patronato conseguiu algo essencial à capacidade das empresas se adaptarem: as carreiras e categorias profissionais na indústria foram reduzidas de cerca de 400 para cerca de 100, factor importante para a adaptabilidade interna das empresas. Os trabalhadores conseguiram aumentos salariais obviamente acima daquilo que o patronato queria acordar. É uma indústria que ganha novas condições para avançar, a benefício comum das empresas e dos trabalhadores.

É este o sentido da evolução de que necessitamos. E pouco a pouco se vai vendo como julgam mal aqueles que falam do governo do PS como se não tivesse cuidado dos interesses dos trabalhadores. Cuidou – mas não numa perspectiva de mera resistência à mudança. Cuidou – na perspectiva do avanço por mútuo acordo e para mútua vantagem de empresas e trabalhadores. Não será disso que precisamos?


[Produto SIMplex]



24.9.09

o susto



Houve uma tentativa de convencer os portugues que este governo, José Sócrates, o PS, os socialistas em geral, pertenciam a uma espécie bizarra de raça monstruosa. Algo que, entretanto, muita gente percebeu que não passava de uma história da carochinha. Mas mal desenhada.



Maurice Sendak, Where the Wild Things Are



[Esta semana vou assumir todos os dias: no dia 27/9 votarei no Partido Socialista.]

até ao lavar dos cestos...



José Lello e António Braga acusados de negociar cargos em troca de financiamento partidário.

Como as grandes broncas (tipo "o PS anda a espiar o PR") não funcionaram, tem de se inventar qualquer coisa à última hora. Mais Verdade, com V grande, de preferência a troco de trinta dinheiros (desculpa, Judas, por te misturar com esta gentinha).


às vezes mais vale o original...



... do que figuras tutelares com a cauda de fora.

(Digo cauda, não digo rabo, para não desconsiderar as mais altas figuras. Parece que elas próprias tratam disso.)






23.9.09

a história dos vícios do laissez faire existe



E a história dos vícios do Estado-pau-para-toda-a-colher, não existe?

Aprendemos com os erros da mercantilização da sociedade. Devemos aprender também com os erros da estatização da economia. Para não pugnarmos por soluções simplistas... que depois se revelam complicadas. E de elevado preço.

A história não é fantasia, não.

Ai a memória, ai a memória...



Eduardo Recife, ilustração para Assume the Position, 2006



[Esta semana vou assumir todos os dias: no dia 27/9 votarei no Partido Socialista.]

dedicatória aos pregadores do descalabro

Desiree Dolron, Cerca Crespo


Dedico esta citação a quantos não têm melhor desporto do que dizer mal: de Portugal, do que temos feito, do que temos avançado.

Em vez de dizer simplesmente “já não valho nada”, a mentira moral na boca do decadente diz: “Não vale nada – a vida não vale de nada".

Nietzsche, in O Crepúsculo dos Ídolos


Que lhes faça bom proveito.

afinal o Magalhães é bom?



As oposições, tanta à "direita" como à "esquerda", fartaram-se de dizer mal do computador Magalhães e dos programas de elevação da literacia global com ele associados. Fizeram uma coligação negativa para lançar a "política da troça" sobre o Magalhães. Agora, surpreendentemente, já há quem se preocupe com a eventual interrupção do fluxo. Afinal eles descobriram agora que o Magalhães é bom?!

PSD diz que Governo usa “desculpa de mau pagador” para não distribuir Magalhães.

O deputado social-democrata Pedro Duarte acusou hoje o Governo de recorrer a "desculpa de mau pagador" ao justificar o adiamento da decisão sobre os computadores Magalhães.

saber ler dá jeito



Diz hoje o Público: «Portugal foi o país da União Europeia que mais fundos estruturais perdeu em 2008.»

Essa é uma questão interessante, sem dúvida. Como mostra este texto. Isto sou eu a dizer, claro.

leituras


Os professores sabem o que é a asfixia à séria.



Ver tudo aqui. E pense por si.

E depois também pode puxar pela cabeça para se lembrar qual foi o outro cabeça-de-lista do PSD que restringiu o trabalho dos jornalistas no Parlamento.




22.9.09

as histórias para crianças são muito educativas



Mas não o suficiente para serem um guia para a nossa vida pública.
Não queremos ser cobaias de "experiências históricas" absurdas: seja com a "mão invisível", seja com alguma "mão de ferro".



Walter Crane, Beauty and the Beast, Routledge, 1874



[Esta semana vou assumir todos os dias: no dia 27/9 votarei no Partido Socialista.]

quem não quer ser Napoleão não lhe veste a pele



Louçã continua a apostar na estratégia da terra queimada (tentar queimar o PS para lhe comer os restos). Terá percebido que isso só pode facilitar o regresso de Portas e Manuela ao governo do país?



Eduardo Recife, Life-Death, 2007


[Esta semana vou assumir todos os dias: no dia 27/9 votarei no Partido Socialista.]

Manuela pede demissão de Cavaco?


Escutas. Ferreira Leite sobre Lima: "Esse é um problema do Presidente".

As coisas estão a azedar. Não tarda nada está MFL a pedir a demissão de Cavaco. Juntar-se-ia assim a Garcia Pereira.

a realidade não conta



Manuela Ferreira Leite sacode pressão de Belém.
“Mantenho exactamente tudo o que disse, não tenciono alterar uma vírgula e vou repetir [as denúncias de asfixia democrática] até à exaustão”, declarou Manuela Ferreira Leite aos jornalistas, no final de uma visita à fàbrica Sampedro, em Guimarães.


Já tínhamos percebido. Ao que MFL diz ou deixa de dizer não interessa nada a realidade, o que existe cá fora da sua cabecinha. Haja o que houver, para a senhora só há discurso.
Isso é ideologia dogmática, alheamento mental, pura irresponsabilidade - ou tudo junto?
Abra os olhos, Dra. Manuela, por favor. O PSD faz falta ao país, mas assim...

um problema...



... com o Blogger mandou para o lixo todos os meus links. Agora não tenho tempo de tratar disso. Aqueles que sabem que estavam "linkados", por favor, mandem-me mails com o vosso blogue...

Isto foi tramóia da asfixia democrática, de certeza.


a tempo e horas



Pacheco Pereira: “Mais valia que o Presidente dissesse tudo”.

Pacheco Pereira: Cavaco interferiu na campanha "por acção e por omissão".

“O Presidente da República tem certamente coisas graves para dizer ao país e entendeu que se as dissesse interferia no acto eleitoral. Muito bem, compreende-se que o faça, embora também se interfira na campanha por omissão. Mas o Presidente rompeu o seu próprio silêncio e "falou" através da demissão do seu assessor de imprensa e, sendo assim, interferiu de facto na campanha eleitoral.”


Segundo o Público, foi JPP que escreveu isto. Mas...
JPP não se queixou quando o PR não falou a tempo e horas. Quando mais esta cabala contra o PS veio a Público. Agora, o que JPP queria era a interferência de deixar que a suspeita, que tudo leva a crer seja infundada, fosse usada para tentar tramar o PS. Agora queixam-se. Eles lá sabem.




e o país, Dra. Manuela?



Ferreira Leite: afastamento de Fernando Lima "não prejudica em nada" campanha do PSD.

Que isto não conte para a sua campanha, Dra. Manuela, compreendo. Há muito tempo que a sua campanha é só fantasias. Mas...
E o país não conta, Dra. Manuela? Só interessa a campanha do PSD?



Dr. Portas, Dra. Manuela, vamos lá então falar de agricultura…


Os meus interesses são muito variados. Por me interessar a coisa pública. E os rodriguinhos manhosos de alguns... dá-me tanto gosto olhá-los com atenção!

Publicámos [no SIMplex], na madrugada do passado dia 18, um apontamento sobre agricultura, no qual, a dado passo, apontávamos o facto de o CDS nunca ter divulgado a carta da Comissária Europeia responsável pela Agricultura que respondia às perguntas de um deputado europeu do CDS sobre a putativa perda de fundos agrícolas da responsabilidade do actual Governo.

Por mera coincidência, na tarde desse mesmo dia, o Dr. Portas (PP) aparece em campanha com um papel na mão, alegando que se tratava de uma carta da Comissão, e dizendo que ela comprovava a tal perda de fundos. Ora, essa carta não comprova nada disso, nem tem como objecto essa questão, nem sequer é a tal carta da Comissária. Então, porque é que PP não mostrou a carta da Comissária que responde às perguntas do deputado europeu do CDS? Pelo simples facto de que essa carta desmente PP.

(Como parece que ninguém tem tempo para descobrir essa carta, apesar de ela estar disponível a qualquer cidadão na internet, no sítio do Parlamento Europeu, fornecemos abaixo uma cópia da mesma.)

Mas, então, por que é que PP não mostra a carta? Por ser o seguinte, em resumo, o conteúdo da mesma.


mais notícias da asfixia democrática



Como já foi noticiado, Paulo Mota Pinto, um nome do comando-geral do PPD/PSD, que até tinha obrigação de decência por ser quem é, criticou as alegadas pressões de dirigentes do PS sobre a magistratura. Estaria em causa que membros do Conselho Superior da Magistratura, indicados pelo PS, questionassem que o juiz Rui Teixeira tivesse a nota máxima na respectiva avaliação. O ponto estava - e bem - em que essa nota máxima poderia não ser correcta se se verificasse que outros tribunais mostraram, ao decidir casos subsequentes, que o trabalho de Rui Teixeira tivera falhas importantes. Avaliação é isso mesmo - mas alguns acham que qualquer pessoa que tenha prejudicado um dirigente do PS tem direito, daí para a frente, a estar acima de qualquer avaliação e a seguir numa passadeira vermelha de veludo. E quando assim não seja - são "pressões" e "asfixia democrática" e um chuveirinho de disparates.
Ora, mais uma vez, estamos perante um disparate deste PSD à moda de MFL.
Como noticia hoje o Diário Económico: "Suspensão da nota de Rui Teixeira foi pedida por Laborinho Lúcio". Laborinho Lúcio, para quem não se lembra, foi ministro da Justiça de Cavaco Silva e está nomeado pelo actual Presidente da República para o Conselho Superior da Magistratura. A notícia está aqui.
Esta é a consistência da campanha do PSD sobre a asfixia democrática. Só tolices. Injúrias. Falta de sentido da responsabilidade. Pressões sobre todo e qualquer órgão da República apenas para tentar lançar poeira sobre a paisagem e lama sobre o PS.
Pode gente desta chegar ao governo de Portugal?


crime público



Mário Crespo, no Jornal de Notícias:
O trabalho de reportagem do "Diário de Notícias" é das mais notáveis e consequentes peças jornalísticas na história da Imprensa em Portugal. O e-mail com registos claros da encomenda feita por Fernando Lima não é "correspondência privada" que se deixe passar pudicamente ao lado. É uma infâmia pública de gravidade nacional que exige denúncia.

Invocar aqui delações, divulgação de fontes ou violação de correspondência é desonesto. Ao ver o presidente e a Casa Civil metidos nisto fica-me também uma inquietante dúvida. Aníbal Cavaco Silva, referência do PSD, ainda tem condições para continuar a ser o presidente de Portugal depois de causar uma trapalhada desta magnitude a dias das eleições?


Integral aqui.

isto é mais descaramento ou hipocrisia?



Ferreira Leite: afastamento de Fernando Lima "não prejudica em nada" campanha do PSD.

Perdido por cem, perdido por mil. Se até agora alguns achavam que ela dizia disparates por falta de compreensão, agora podem começar a suspeitar que é mesmo é por má formação. O que até agora era uma prova essencial da principal linha de campanha do PSD (a asfixia democrática), agora é... histórias da carochinha.

o sr. Fernandes ainda mexe



Editorial: O caso das suspeitas de Belém não acabou ontem. Pelo director do Público, no Público.

Em Editorial, o director do Público diz que elenca factos. Esquece alguns, contudo.

Esquece, por exemplo, o facto de que teve um comportamento indigno neste processo. Por exemplo, quando afirmou que por detrás da notícia do DN estavam os "serviços secretos" do Estado. Isso foi indigno por ser uma alarvidade sem o mínimo fundamento, como teve de admitir - e por essa alarvidade atacar um dos instrumentos mais delicados do Estado. Isso foi indigno por ser uma tentativa de salvar o escalpe metendo-se na campanha da "asfixia democrática" de um partido candidato às eleições, campanha de calúnias contra outro partido.

O director do Público também faz algumas perguntas interessantes. Só é pena que não tenha feito todas as perguntas necessárias antes de publicar e republicar o que publicou e republicou.

Mas numa coisa o sr. Fernandes tem razão: isto não vai ficar por aqui.


Imaginem se fosse ao contrário



Escreve Hugo Mendes, no SIMplex:

(...) a resposta de Manuela Ferreira Leite à pergunta (umas das 50 a que ela e José Sócrates responderam na revista "Visão" desta semana) "Em política, omitir e mentir é a mesma coisa? R: Se for para enganar as pessoas é igualmente inaceitável" ganha uma dimensão interessante à luz do que se passou hoje, e sobretudo do que Cavaco Silva vier a dizer ao país.


Integral aqui.

Estamos à espera que Cavaco Silva não omita nada.
Quer dizer: que se explique. Que explique porque não matou o caso logo em Agosto e o deixou entrar pela campanha eleitoral dentro. Que explique se estava interessado em que isso alimentasse a campanha da "asfixia democrática" da sua amiga Manuela. Que explique se não sabia o que o seu braço direito andava a fazer.

Estamos à espera que Cavaco Silva não omita nada. Lembrando a sabedoria de Manuela, claro.

A desonra do samurai




Lemos no Câmara Corporativa:

(...) Um leitura menos romanceada da queda do porta-voz do Presidente da República parece sugerir que Fernando Lima recusou demitir-se no pressuposto de que apenas cumprira a missão de que fora incumbido.


Integral aqui.

a verdade cada vez mais esfarrapada



Manuela Ferreira Leite, hoje em Vila Real, depois da desculpa da asfixia democrática ter ido à vida:
«“A crise manifestou-se a partir de finais de 2007, princípios de 2008. Já havia mais desemprego, já estávamos mais pobres. Claro que tornou mais nítidas todas as nossas debilidades, mas não foi a causa”.»

Daniel Amaral, no Diário Económico (a 07/08/09, aqui):
«No programa para as legislativas que viria a ganhar, o PS fixou como objectivo criar 150 mil novos empregos. Entre Março de 2005 e Junho de 2008, foram criados 134 mil, numa trajectória que, a manter-se, elevaria aquele número para 165 mil em 4 anos. Mas sobreveio uma crise do tamanho do mundo e o emprego foi por água abaixo. Leitura das oposições, do CDS ao PCP: Sócrates é mentiroso e o Governo é incompetente. Eis um exemplo paradigmático do grau zero a que o debate chegou.»

Que tal um bocadinho de decência? Será pedir muito?

alôôôô, Dra. Manuela...



Cavaco Silva afasta Fernando Lima do cargo.


«A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, em campanha, já disse que, "por agora, não comenta um caso particular da Presidência da República".»

Dra. Manuela, deixe-se finalmente de hipocrisia. Peça desculpa ao PS e ao governo por ter dito que isto era mais um caso de asfixia democrática da culpa dos socialistas. A careca descobriu-se mais cedo do que se podia pensar. Tenha um pingo de sentido de Estado, por muito que isso lhe custe, e fale verdade por uma vez nesta campanha.

o engano de Cavaco


Na sua arrogância habitual, convencido de que bastava a sua pose de ingenuidade (a mesma do episódio do Pulo do Lobo, que o próprio mais tarde veio explicar como funcionava), Cavaco achou que calava a República apenas fazendo chiiiiuuu.
O PR julgou-se acima do juízo dos seus concidadãos. Pretendeu colocar todo o seu peso institucional, não a preservar as instituições, mas a defender um pântano que os seus amigos políticos queriam aprofundar. Teve a ilusão de ser o senhor do tempo.
Cavaco despediu Fernando Lima. Mas nem sempre basta encontrar um bode expiatório.
A pergunta essencial continua de pé: senhor Presidente, Excelência, acha que cuidou bem do regular funcionamento das instituições e da dignidade do Estado?

Por outro lado...

MFL tentou apanhar a boleia dos disparares que vinham de Belém. A asfixia democrática no Público era culpa do Governo. Agora que já nem o PR dá cobertura a esses disparates, o que tem a dizer a Dra. Manuela? Que tal um pedido de desculpas ao país pelo aproveitamento demagógico da mentira?

E ainda por outro lado...

Que o PR tenha despedido Fernando Lima, o emissário acusado de ser a mão-de-obra para a conspiração das escutas, que poderia ter servido para destruir Sócrates mesmo em cima da campanha eleitoral - mostra, além do mais, que o director do Público foi apanhado com a boca na botija do mau jornalismo. Do jornalismo manipulado. E isso junta-se ao facto de o director do Público já ter demonstrado não ter qualquer respeito pelos órgãos do Estado, quando acusou os serviços de informação de terem trabalhado para a notícia do DN. Quando, afinal, o DN estava apenas a revelar a pura verdade.
Cabe perguntar, agora: senhor Fernandes, que fazer?

Cavaco Silva afasta Fernando Lima do cargo.

Caso das escutas: Cavaco Silva afastou Fernando Lima.


a vida ensina muito



O caso da inventona das escutas deve ser muito útil para os portugueses perceberem como funcionam certas coisas. Como certos falsos escândalos são montados para prejudicar o governo e para desestabilizar a opinião. Objectivamente, para boicotar a governação de forma ilegítima. E para tentar dar a alguns, desse modo, os ganhos que não conseguem por mérito próprio.
Duvidam? Não viram como Manuela Ferreira Leite e Paulo Rangel se lançaram em acusações disparatadas de asfixia democrática por causa do coitadinho do director do Público, que afinal era um jogador num caso de manipulação?

Cavaco Silva afasta Fernando Lima do cargo.

claro que sou contra a mercantilização da sociedade


Mas também sou contra a sua estatização.
Será difícil de compreender?


Eduardo Recife, 21st Century. Who is your God?, 2005



[Esta semana vou assumir todos os dias: no dia 27/9 votarei no Partido Socialista.]

o erro de Cavaco



O erro de Cavaco foi pensar mais nos seus amigos e próximos do que no país.
Assim revelando uma absoluta falta de uma escala de valores própria do primeiro magistrado da nação.
Essa é a marca indelével de um mau Presidente.

Cavaco Silva afasta Fernando Lima do cargo.

Caso das escutas: Cavaco Silva afastou Fernando Lima.


Inimigo Público contrata Fernando Lima à Presidência da República



Ao contrário do que tem sido divulgado nos últimos minutos, Fernando Lima não foi afastado por Cavaco Silva do cargo de assessor para a Comunicação Social.
Numa altura em que o IP comemora 6 anos de existência, a administração do jornal decidiu contratar Fernando Lima para editor de política do jornal, esperando que ele contribua, com a sua capacidade muito particular de criar notícias delirantes, para o sucesso da publicação. Cavaco Silva não queria abrir mão do seu homem forte, mas a administração do IP ofereceu a Fernando Lima uma proposta irrecusável: um dístico de deficiente físico para ter estacionamento assegurado à porta da nossa redacção.

Aqui, no Inimigo Público

afinal, houve conspiração



Mas veio da casa do PR, do Palácio de Cavaco.


Cavaco Silva afasta Fernando Lima do cargo.
(Público)

Caso das escutas: Cavaco Silva afastou Fernando Lima. (i)

Isto demonstra, mais uma vez, que Cavaco tinha tido meios de evitar esta crise institucional, que se arrasta debaixo do seu silêncio desde Agosto. Bastava ter tomado conta do que se passava no seu palácio com espírito de Chefe de Estado.

E agora, senhor Presidente?

Manuela à la Rangel



Manuela manda “recado” a Soares.


«Manuela Ferreira Leite ouviu Mário Soares chamar-lhe fanática e irresponsável, não gostou do tipo de linguagem, e passa à frente com desprezo. “Há certos comentários ou certas linguagens, vindas de determinadas pessoas que não me merecem o mínimo dos comentários”, afirmou a líder social-democrata.»

MFL diz dos seus adversários políticos tudo o que lhe vem à cabeça. (Não é verdade: MFL trata bem toda a gente, especialmente Louçã e Jerónimo; só trata mal Sócrates e o PS.) MFL trouxe Paulo Rangel para descer o nível do discurso. Até já ameaçou com uma quase ditadura se o PS ganhar as eleições, como se estivesse a falar de uma vitória dos neo-nazis. Mas trata Mário Soares, um dos pais da democracia, a quem ela deve muito (como todos nós), como "determinadas pessoas". Assim se vê a força da falta de sentido da realidade. E assim se vê que nem todas as "senhoras" conseguem ser umas senhoras. Muito menos líderes de alguma coisa.

PSD desiste do centro e vira-se para Portas



Ferreira Leite diz que Governo aumentou desemprego ao “abandonar” agricultura.

MFL parte à procura das coutadas do Dr. Portas. Ouviu que ele diz umas coisas sobre agricultura, e que em Belém há um assessor Sevinate que concorda, e achou que era capaz ser boa ideia tentar. Na ideia dela, aliás, qualquer coisa vale a pena tentar.
Dra. Manuela, não vá atrás dos dislates do Dr. Portas. Explico-lhe aqui porquê. E não paga nada, é de leitura gratuita.



o grande baralhador



Secretas militares dizem que não fizeram buscas a pedido de Cavaco Silva.
Toda a gente fala acerca da inventona das escutas. Só o único que podia acabar com o drama é que está calado: o PR. É assim, levando umas eleições legislativas a serem disputadas debaixo de nevoeiro em questões essenciais, que Cavaco defende o regular funcionamento das instituições? Quando ele é o único que podia esclarecer o caso de forma cabal? Ou esse esclarecimento não interessa ao seu partido e à sua amiga MFL?

Insisto: dignidade de Estado, por favor.

«Não queremos ser mortos por Sócrates»



«Não queremos ser mortos pelo Eng.º José Sócrates», disse Manuela.
Isto não foi dito "à boca pequena". Foi dito "à boca grande".
Mas esta Manuela é a Presidente do PPD/PSD. Não é apresentadora de TV.
Uma pérola.

aquilo em que Manuela ganha



Título do jornal i: Ferreira Leite vence Sócrates na blogosfera e nas redes sociais.

Conteúdo:

Parte 1: «Ferreira Leite contabiliza mais de 17 mil referências, enquanto o secretário-geral do PS não ultrapassa as 15 mil referências.»

Parte 2: «Foi o tema das listas do PSD à Assembleia da República que reuniu o maior número de referências sobre Ferreira Leite.»

Grande vitória de MFL. Grande título... Título "Preto", diria eu.


leituras



«A tranquilidade do Presidente medida pelo seu tempo de reacção é aliás o melhor desmentido para o papão da asfixia democrática que a doutoura Manuela agita perante os os eleitores seus educandos.» (bem haja)


Manuela Paulo Ferreira Leite Rangel



Paulo Rangel entrou na campanha do PSD ao seu estilo. Com pérolas como a beatificação da Manuela Moura Guedes e o seu mau jornalismo. Ou a santificação do senhor Fernandes, que parece que vasculha os email dos seus jornalistas e funcionários (sem asfixia democrática nenhuma, é claro). Nesse discurso paulo-rangeliano alguns vêem dureza. Nem vou tentar classificar. Apenas direi que a novidade não é essencial. Rangel diz o mesmo que MFL. Apenas o diz mais claramente. Mas a substância é a mesma. Logo, não culpem o megafone. Culpem o dono.


por que é que eles querem o governo



Francisco Pinto Balsemão é entrevistado por José Manuel Fernandes para o Público.
O destaque do Público a essa entrevista é este: "Augusto Santos Silva foi o pior ministro da Comunicação Social desde o 25 de Abril". Acrescenta-se: "O fundador do Expresso não tem dúvidas: este Governo seguiu uma estratégia para debilitar e enfraquecer os grupos privados." Tudo muito conveniente nesta altura em que estão bem à mostra as práticas do sr. Fernandes.
Podemos perguntar-nos porquê. Mas talvez não seja muito difícil perceber. Sugiro apenas um elemento de compreensão.
Mais à frente na mesma entrevista, perguntado "Continua, pois, a defender que a RTP não deveria ter publicidade?", Balsemão responde: "Sim. E que devia cumprir com rigor o contrato de concessão em matéria de programação. Os programas de entretenimento puro e duro já existem em dois canais privados, para além dos canais temáticos que já se dedicam ao entretenimento."
Pois. É preciso alguém no governo que faça esse trabalho. Que retire à televisão pública o que dá dinheiro e o deixe correr para as televisões privadas. E os contribuintes que paguem. Claro, com as melhores justificações ideológicas.
Até porque o grupo de Balsemão precisa.
E, como este, se calhar há outros dossiers políticos que estão a ser encarados da mesma maneira. Ou não?


dizes-me para escolher um caminho

Dizes-me para escolher um caminho. Escolho um que não acabe num beco sem saída, ou num atoleiro. Que não me obrigue a gastar as minhas energias, que quero que sejam para construir, meramente a tentar manter-me em pé.





[Esta semana vou assumir todos os dias: no dia 27/9 votarei no Partido Socialista.]

prover



O Provedor do Leitor do Público denuncia uma caça às bruxas no Público promovida pelos responsáveis do Público.

Mas o que é o Provedor do Leitor do Público? Não a pessoa, mas o lugar institucional? Segundo o Estatuto do Provedor do Leitor do PÚBLICO:

«O Provedor do Leitor do PÚBLICO (adiante designado por Provedor) é uma pessoa de reconhecido prestígio, credibilidade e integridade pessoal e profissional, cuja actividade principal tenha estado nos últimos cinco anos relacionada com a problemática dos "media", de preferência enquanto jornalista.»

«O Provedor desenvolverá a sua acção com total autonomia e independência face a quaisquer órgãos do jornal ou da empresa.»

Ainda bem.


Sócrates, o inferno, o diabo - e "os professores", claro!



“Se Sócrates se candidatar ao governo do inferno nós votaremos no diabo”.


Excerto do relato do Público sobre a manifestação de professores, ontem (a meio da campanha eleitoral), em frente à Assembleia da República: «“Vou votar Manuela Ferreira Leite, pelo menos votamos numa que não experimentámos. Ela vai ganhar”, diz Eva Gonçalves. “Ela tem que ganhar”, reforça a professora de Português/Francês Helena Gonçalves, momentos depois de as terem tentado persuadir a votar no Bloco. A tentativa veio de André Pestana, professor de Biologia e apoiante bloquista, que não tem dúvidas de que “vai haver um número crescente de professores que votam BE”.»

Está difícil de fazer as contas lá para os lados da coligação negativa. "Esquerda" e "direita" não se entendem acerca de quem deu mais para o peditório - e, portanto, acerca de como devem dividir o espólio.


a asfixia democrática tem dias



Depois de, na passada sexta-feira, ter vindo a público informação relevante sobre a "inventona das escutas", indiciando, por um lado, a existência de comportamentos reprováveis de assessores poderosos em Belém (e, talvez, também do próprio PR), e, por outro lado, um comportamento desajustado do jornal Público nesse caso - veio o director desse mesmo Público dar em directo perante o país um degradante espectáculo da sua irresponsabilidade.

De facto, o sr. Fernandes, visto estar a tornar-se impossível esconder os métodos daquilo que, nas palavras do Provedor do Leitor do próprio Público, será "a agenda política oculta" desse periódico, decide-se pelo processo da lama na ventoinha para tentar disfarçar. Entre outras pérolas dessa sexta-feira negra, o sr. Fernandes lança a ideia de que as notícias que não lhe convinham teriam origem numa acção dos "serviços secretos" "controlados" pelo governo. Ainda no próprio dia teve de engolir a graça e reconhecer que isso não tinha qualquer fundamento. Mas entretanto já tinha anunciado que iria fazer uma auditoria às comunicações da empresa para apurar da putativa intrusão.

Seguindo o método muito em voga nos últimos tempos - pelo qual os dirigentes políticos da oposição se prestam a dar a benção a qualquer atoarda que lhes pareça servir para denegrir José Sócrates, o governo ou o PS - Manuela Ferreira Leite e Jerónimo de Sousa fazem declarações em que a irresponsabilidade leva a palma à pura demagogia. O líder dos comunistas fala da governamentalização dos serviços de informações, assim dando cobertura vermelha ao dislate. A líder do partido de Jardim e Preto declara-se mais ou menos aterrorizada com um país onde directores de jornais são espiados. Pura pirueta de inversão das questões - mas confia-se em que os portugueses não percebam nada de lógica e não topem essa minudência.

Pelo meu lado, cá no meu cantinho, a questão política essencial parecia-me outra: como é que o país removerá um PR que venha a ser identificado como tendo encomendado uma operação clandestina e desleal contra outro órgão de soberania? Sou destas coisas: interessa-me o funcionamento das instituições...

Ao mesmo tempo, e sobre a específica atoarda do sr. Fernandes acerca da espionagem e a auditoria às comunicações que pretendia fazer para dela apurar, continuava eu a cismar no meu cantinho (desta vez no Twitter): Inventona das escutas: o sr. Fernandes já pediu uma auditoria às comunicações da empresa. É para saber quem deixou fugir a informação?

Talvez isso tenha parecido tonto a alguns.

Entretanto, hoje de manhã cedo leio que Joaquim Vieira, Provedor do leitor do Público, escreve nesse jornal (texto "A questão principal"):
"Na sexta-feira, o provedor tomou conhecimento de que a sua correspondência electrónica, assim como a de jornalistas deste diário, fora vasculhada sem aviso prévio pelos responsáveis do PÚBLICO (certamente com a ajuda de técnicos informáticos), tendo estes procedido à detecção de envios e reenvios de e-mails entre membros da equipa do jornal (e presume-se que também de e para o exterior)."


Afinal, aquela minha tola suspeita tinha sentido. Há mesmo espionagem, há mesmo quem espiolhe os outros - mas esses actos têm como autores os que mais berram contra eles.

O senhor Jerónimo e a doutora Manuela são esperados na reunião da coligação negativa, esse encontro permanente de "esquerda" e "direita" com o único fito de atacar o PS, para dizerem umas palavras sobre estes métodos de asfixa democrática. Afinal, quem muito fala desses métodos sabe do que fala. Por ter a mão na massa. Pelo menos, pelos vistos, no caso do sr. Fernandes.

[Produto SIMplex]

18.9.09

anjo e espada / mata e morre / como a palavra dada



Paula Rego, O Anjo


No dia da inauguração da Casa das Histórias, em Cascais, fico satisfeito por nem sempre deixarmos morrer os artistas para os honrarmos. E fico contente por passar a ter mais facilidade em satisfazer o meu gosto pela obra de Paula Rego.
É que ela vê a maldade do mundo com os olhos de uma criança que dificilmente enganamos. E pinta isso, com dureza bela. Mesmo quando indigesta.
Esse olhar de perspicácia sabedora faz muita falta no mundo de hoje.

A equação



Perdoem a repetição. Mas, perante tudo o que se está a passar, com o completo desnorte de gente que tinha a obrigação de respeitar o país, começa a ser evidente que, para não sairmos das próximas eleições como um país adiado, é "a equação" que tem de ser resolvida.




Diário Económico de 15/09/2009, aqui

estou a ser perseguido



Acho que estou a ser perseguido. Vinha ali a subir a rua e vinham dois tractores atrás de mim. Vinham claramente no meu alcanço.

Oh, desculpem. Não eram dois tractores. Eram dois detractores. Vinham a comentar a minha mochila antracite.

Deixem lá. Pelo menos as minhas paranóias não são paranóias presidenciais. Sorte a vossa.


Belmiro, isto não é a Madeira



Belmiro de Azevedo recomenda ao PÚBLICO que não se deixe assustar por governantes.
Lê-se no jornal de Belmiro:
«O empresário Belmiro de Azevedo recomendou hoje à equipa do diário PÚBLICO, do Grupo Sonae, "que não se deixe assustar por opiniões um bocado desastradas de alguns governantes que querem mandar no Público sem pôr lá dinheiro nenhum". "Não me importo nada que eles mandem, mas comprem o jornal", afirmou o presidente não executivo da Sonae, à margem da inauguração do parque de negócios das empresas do grupo na Maia.»

Leram bem aquela parte «alguns governantes que querem mandar no Público sem pôr lá dinheiro nenhum»?
Isto quer dizer que as tolices do senhor Fernandes têm sido encomendadas por Belmiro?


a mais pura das verdades, claro



Temos uma pérola:
«Manuela Ferreira Leite afirmou hoje, no final de uma acção de campanha para as legislativas, "desconhecer" a notícia publicada no Diário de Notícias (DN) referente ao "caso das escutas".» (Jornal de Negócios)


Temos outra pérola:
Ferreira Leite avisa que Portugal “deve temer” uma aliança PS-BE.

As duas juntam facilitam a compreensão do significado de "verdade" para MFL.



João Coisas, no SIMplex

a confissão de Cavaco?



Lê-se no Público:
«Segundo a edição de hoje do “Diário de Notícias”, o assessor do Presidente da República Fernando Lima terá sido a fonte do PÚBLICO nas notícias em que se afirmava que Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo liderado por José Sócrates.
Sob a insistência dos jornalistas, Cavaco Silva recusou-se a entrar na “luta político-partidária”. “O Presidente da República não se deixa atrair para lutas político-partidárias. Portanto, façam aquilo que fizerem, nunca me trarão para essa área”, comentou.»


Quer isto dizer que Cavaco confessa que a inventona das escutas era uma questão de luta partidária? Então por que não matou logo o assunto, dizendo que era isso e não uma questão de Estado?


temos PR?



E não é com silêncios que isto se resolve. Andamos neste silêncio encavacado há demasiado tempo. Cavaco Silva em silêncio sobre caso da suspeita de escutas em Belém.


dignidade de Estado, por favor



José Sócrates diz que Presidente da República está "acima da disputa eleitoral".

José Sócrates é um estadista. Até engole sapos para tentar que se mantenha o decoro no topo da hierarquia. Mas parece que talvez nem todos que o deviam ser - o são efectivamente.
Se no essencial os factos relatados hoje pelo Diário de Notícias são verdadeiros, então, das duas uma: ou Cavaco Silva despede Fernando Lima; ou Cavaco Silva se despede a si próprio. É a dignidade do Estado que o exige. "Isto" (Portugal) não é uma república das bananas.


Ana Vidigal ilustra a coligação proposta por Louçã

Coligação? Gato Fedorento? Bloco de Esquerda? Gato de Esquerda? Bloco Fedorento?


Ana Vidigal, no SIMplex

agricultura: por que há-de interessar-nos?



É simples: para perceber o mundo.

6. É que há quem não goste que o Estado se proteja de abusos alheios. Quando o actual governo entrou em funções, os serviços do Ministério da Agricultura estavam impedidos de receber directamente dos agricultores as respectivas candidaturas aos apoios. Essas candidaturas tinham obrigatoriamente de ser canalizadas pelas grandes confederações agrícolas. E cada candidatura assim canalizada rendia directamente 17 euros a uma confederação. Dezassete euros por papel! Cara franquia! E entravam por ano cerca de 300.000 dessas candidaturas. É fazer as contas, como dizia o outro! Além disso, as confederações “delegavam” nas suas associações o trabalho prático de apoiar a elaboração das candidaturas, o que algumas faziam com grande sentido da responsabilidade – enquanto outras cobravam grossas percentagens sobre os montantes recebidos pelos destinatários das ajudas (em alguns casos da ordem dos 20%). Isto significava, por exemplo, que a Companhia das Lezírias, tutelada pelo Estado, não podia apresentar candidaturas nos serviços do Ministério da Agricultura, tendo de o fazer através da AJAP (Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, juventude da CAP), para quem assim escorria uma fatia que de outro modo nunca entraria nos respectivos cofres. Este governo tornou voluntário o recurso às confederações para entregar as candidaturas (não o eliminou) e reduziu inicialmente o custo por candidatura de 17 para 4 euros. Subiu entretanto e já está nos 7 euros. Mas longe dos 17 euros em 2005. Percebe-se quem não gostou disto! E percebe-se como toda esta máquina se mobiliza para fazer campanha contra o Ministro da Agricultura…
Mas é preciso ir mais fundo para compreender tudo isto. Porquê esta guerra sem quartel ao Ministério da Agricultura? Vejamos outros elementos de explicação.


O texto completo está aqui.

a inventona das escutas ao PR


Clicar na imagem para ir para a notícia.


Se no essencial os factos relatados hoje pelo Diário de Notícias são verdadeiros, então, das duas uma: ou Cavaco Silva despede Fernando Lima; ou Cavaco Silva se despede a si próprio. É a dignidade do Estado que o exige. "Isto" (Portugal) não é uma república das bananas.


Nota de rodapé: Procuro no Público alguma evidência de darem a cara pela honra do convento e não encontro nada. Excepto, claro, o Provedor do Leitor que já tinha tomado o assunto em mãos.
Outros jornais portaram-se melhor, tendo na altura exigido que o PR desse esclarecimentos.

Agricultura: perceber uma campanha


Alguma explicação há-de haver para a santa aliança contra o Ministro da Agricultura deste governo, envolvendo o CDS/PP, poderosas confederações de agricultores, um assessor do PR que ataca o Ministro nos jornais, comentadores apressados que lêem muitos livros por noite, …

Tentaremos aqui uma compreensão da dimensão e da virulência da campanha que promove essa santa aliança. Não podemos fazê-lo em poucas linhas, Caro Leitor: espera-o um texto longo. Mas não desista já. É que esta “história” é muito útil para compreender o que realmente significam certos posicionamentos políticos, mesmo quando apresentados com grande candura e com certas palavras de tom romântico como “lavoura”.


Isto é só a introdução. O texto está mesmo aqui. Por que me interesso por agricultura? Por detestar campanhas tipo gato escondido com rabo de fora.

17.9.09

integral do manifesto sobre política de saúde



Especialistas do sector da saúde apelam a partidos que sejam claros nas propostas sobre o serviço público.

O Público continua com dificuldades de leitura. Para lhe facilitar a vida indicamos onde podem ler o Manifesto na íntegra. É mesmo neste link. Vá lá, senhor Fernandes, leia a coisa sem medo. Isto é debate democrático numa campanha séria.

Manifesto quer que PSD não esconda o que pretende fazer na saúde.


Louçã nos Gato Fedorento



Louçã, em humor, parece mais estalinista do que trotskista. É o que deduzo de ter ido para os Gato Fedorento tentar refazer o debate que perdeu com José Sócrates.

BE quer fazer destas eleições uma prova de vida da “força da esquerda”. «Louçã não se deixou atrapalhar. Nem mesmo quando RAP questionou o “coordenador” bloquista sobre uma eventual coligação com o PS. “A única coligação possível é com os Gato, que são imbatíveis naquilo que fazem”, respondeu.»
Eh pá: Bloco de Esquerda coligado com Gato Fedorento? Isso dá... Bloco Fedorento?!?!

Garantir um futuro para todos - Manifesto sobre política de saúde



Foi hoje divulgado um "Manifesto sobre política de saúde a propósito das eleições legislativas 2009", intitulado Garantir um futuro para todos. São seus subscritores: Adalberto Campos Fernandes, Álvaro Beleza, Bernardo Vilas-Boas, Constantino Sakellarides, Henrique de Barros, Isabel Monteiro Grillo, Vítor Ramos.

É um documento que coloca questões da maior importância, que não podem deixar de estar sob discussão numa campanha eleitoral séria. Isso justifica que o indiquemos aos nossos leitores. De momento, só conheço um sítio onde ele esteja disponível em linha. É no SIMplex. Clicar aqui leva lá.

[É que, desculpem-se o desabafo, isto é muito mais importante do que sondagens.]