"É na Terra não é na Lua", de Gonçalo Tocha, é um filme no Corvo que vale a pena ver. Sem arrogância, também sem excessivas contemplações (mas deixando as ironias mais pesadas para os espectadores), obriga a que nos verguemos um pouco ao tempo da ilha: o filme é longo (talvez nunca seja tão longo como naquela ladainha dialogada à Nossa Senhora, mas nem sempre o excerto vale pelo todo), dura ficionalmente o tempo de fazer um invejável gorro corvino e de perceber que aquelas duas vozes de rapazes do continente se misturam em fundo com as vozes dos habitantes para nos contar o que os locais não querem ou não podem contar, fazendo-o no entanto com o respeito de quem se fez hóspede e quis ser hospedado.
2.4.12
É na Terra, não é na Lua.
"É na Terra não é na Lua", de Gonçalo Tocha, é um filme no Corvo que vale a pena ver. Sem arrogância, também sem excessivas contemplações (mas deixando as ironias mais pesadas para os espectadores), obriga a que nos verguemos um pouco ao tempo da ilha: o filme é longo (talvez nunca seja tão longo como naquela ladainha dialogada à Nossa Senhora, mas nem sempre o excerto vale pelo todo), dura ficionalmente o tempo de fazer um invejável gorro corvino e de perceber que aquelas duas vozes de rapazes do continente se misturam em fundo com as vozes dos habitantes para nos contar o que os locais não querem ou não podem contar, fazendo-o no entanto com o respeito de quem se fez hóspede e quis ser hospedado.