Os esquecidos insistem que foi a mania de Sócrates em despender que levou Portugal à crise. Claro, mais nenhum, insisto: nenhum, mais nenhum país está com a corda na garganta, a ser atacado pelas agências de rating e em enormes dificuldades económicas. Só os países governados por Sócrates, claro. Não foi a crise internacional, não foi a UE que tinha uma estratégia (gastar para contrariar a crise) e depois mudou de rumo (cortar, acelerando a crise, mas respondendo antes de mais aos mercados financeiros). São os maníacos dos socialistas que inventam estas coisas.
Pois.
"As derrapagens orçamentais são consequência do declínio drástico das receitas fiscais e das crescentes despesas sociais, como os subsídios de desemprego. Os governos vêem-se forçados a ir aos cofres públicos para fomentar o crescimento e o investimento e, deste modo, lutar contra a pior recessão económica desde a 2ª Guerra Mundial." (Retirado dum comunicado da Comissão Europeia de 24 de Março de 2009.)
"Face à ameaça de recessão, o Conselho considerou que as regras da UE sobre os défices orçamentais, que limitam a dívida pública a 3% do PIB, devem ser aplicadas por forma a reflectir as actuais «circunstâncias excepcionais».( Outro comunicado da Comissão Europeia, de Outubro de 2008.) De acordo com as circunstâncias excepcionais, quer dizer: com liberalidade.
Mas, claro, o Conselho e a Comissão Europeia estão pejados de clones de Sócrates. É sabido.
(Citações roubadas à Sofia C., Diário da Mulher Aranha.)