Não vi a entrevista de Sócrates. Passei na TVI um bocado depois e havia um programa de fazer render o peixe. Estava Maria João Avillez a dizer ao João Galamba que ele não estava em condições de expressar uma opinião livre por ser candidato a deputado. E insistia a "senhora" que não estava a insinuar isso, estava mesmo a afirmar. E repetia, parece que muito orgulhosa da figura que estava a fazer.
Desliguei-me logo da coisa, porque estou farto de ver jornalistas com a "independência" de Maria João Avillez a abusarem da boa educação do João Galamba, apesar de ele já ter chamado fdp a um moço. Eu, que sou muito menos educado do que o João Galamba, ter-lhe-ia respondido que as pessoas que substituem os argumentos pela tentativa de desqualificar as pessoas, como ela estava a fazer, são muito mais responsáveis pela degradação da vida pública do que todos os políticos juntos. E que, dirigido a um candidato por ele ser candidato, esse truque era mais um dos muitos expedientes de baixa política que estão em moda. E que foram essas modas que fizeram da política do ódio o principal cancro da vida política portuguesa.