será a física a mãe de todas as ideologias?
«Seria, sem dúvida, uma forma esplêndida de aferir a confiança dos economistas nas suas próprias ideias exigir que as pusessem à prova à custa da própria carteira. Se isto fosse um critério de publicação, um cínico poderia esperar ver uma redução significativa da literatura sobre previsão de mercados. Em 1995, o cientista francês Jean-Pierre Aguilar teve a coragem rara de apostar o seu dinheiro na tese de que existe física na economia. Foi persuadido por um modelo de quedas de mercado, baseado na física, a comprar opções na conta de uma empresa de gestão de fundos que negociava com base nesses modelos. O modelo previa uma queda de obrigações do tesouro do governo japonês em Maio desse ano. Nunca aconteceu e Aguilar teve de se envolver numa contranegociação delicada para evitar perder a sua participação.»
Philip Ball, Massa Crítica, Gradiva, p. 285