Rússia volta a abastecer Europa com gás.
Desta vez a União Europeia agiu com nexo num assunto internacional relevante, conseguindo resultados em tempo útil. Apesar de a Presidência do Conselho estar nas mãos de um dos Estados Membros que mais gala fazem em hostilizar a Rússia (a República Checa), parecendo por vezes mais fiel a Washington do que aos 27.
Entretanto, a Rússia terá aproveitado para perceber que tinha razão em pensar que, deste modo, tem uma ferramenta eficaz para complicar a vida da União Europeia. Veja-se a atitude da Eslováquia e da Lituânia, que, face à possível escassez de energia, ameaçam retomar velhas centrais nucleares que, por via dos respectivos tratados de adesão, se tinham comprometido a deixar quietinhas. E a possível resposta, já apontada por exemplo pela Áustria, de abrir procedimentos de infracção contra esses países.
E ainda há quem pense que os assuntos europeus são coisas menores na vida política dos nossos países.