Comissão Parlamentar de Economia adiada por falta de quórum.
O povo, que não pode faltar ao emprego para não ter dissabores, pensa que as faltas dos deputados são motivo para processo disciplinar e eventual despedimento. Esquece, apenas, que a função parlamentar não é um emprego. E que, por vezes, uma falta é ela mesma um acto político (veja-se o exemplo de Zita Seabra que veio dizer que tinha faltado à votação da suspensão da avaliação dos professores por ter opinião diferente da do seu partido). E que mesmo várias faltas concertadas podem ser uma manobra política (vide a acusação de que o PS provocou intencionalmente esta falta de quórum). Mas os que sofrem com a obrigação de ir ao emprego sentem algum consolo na perspectiva de poderem atirar para o "desemprego" os faltosos. Esquecem, porventura, que muitos dos deputados "faltosos" trabalham muito mais horas por semana do que os esforçados trabalhadores que os tratam como "malandros" (em vários sentidos). Mas, claro, não é politicamente correcto dizer nada disto. Paciência.