Durante o ano que está quase a acabar houve vários episódios de um folhetim intitulado "ASAE". Uma parte dos intervenientes vinha recorrentemente à cena dizer: "mais uma maldade da ASAE, um instrumento de controlo contra a liberdade dos cidadãos". Muitas vezes fui eu também à peleja defender que, mesmo podendo haver erros ou excessos, a ASAE estava no essencial a aplicar as leis em vigor e que um país que se preza é isso mesmo que faz. Especialmente quando se trata de protecção do consumidor e quando estão em causa actividades económicas que podem fazer perigar a saúde pública se não respeitarem certos cuidados.
Uma dessas foi a "guerra dos galheteiros", por serem os restaurantes obrigados a colocar o azeite em recipientes que não pudessem ser violados para reabastecimento "pirata". Perdão, pirata mesmo, sem aspas. Diziam que isso era impossível, uma barbaridade. Afinal parece que não demorou muito a chegar ao mercado sortimento suficiente de recipientes conformes. E não me lembro, num passado já muito longínquo, de alguém ter ficado incomodado com a obrigação de as garrafas do whisky serem seladas para não nos venderem escocês de Sacavém. Entretanto, parece que as medidas sobre os galheteiros já foram mudadas outra vez, mas isso também é mania nossa nacional.
Outra dessas guerras foi a do embrulho das castanhas assadas na rua. Clamavam os do costume que tinham saudades do embrulho em papel de jornal ou folhas das Páginas Amarelas. Ora, eu, como venho todos os dias do trabalho para casa a pé, faço muitas vezes o gosto ao dedo de comer umas tantas castanhas assadas enquanto vou andando - e dei por mim satisfeito com os novos e higiénicos embrulhos. Principalmente aqueles modelos que têm um segundo "sector" para as cascas, que resolve um problema que várias vezes obrigou a minha má consciência cívica a desculpar-se com o carácter biodegradável de tais restos. E, mais uma vez, rio-me dos críticos à perda de liberdade de consumir castanhas em embrulhos emporcalhados. Hoje à tardidnha lá comi mais umas tantas. Até nem eram grande coisa (a época alta já passou), mas sempre deram... para um post.
Uma dessas foi a "guerra dos galheteiros", por serem os restaurantes obrigados a colocar o azeite em recipientes que não pudessem ser violados para reabastecimento "pirata". Perdão, pirata mesmo, sem aspas. Diziam que isso era impossível, uma barbaridade. Afinal parece que não demorou muito a chegar ao mercado sortimento suficiente de recipientes conformes. E não me lembro, num passado já muito longínquo, de alguém ter ficado incomodado com a obrigação de as garrafas do whisky serem seladas para não nos venderem escocês de Sacavém. Entretanto, parece que as medidas sobre os galheteiros já foram mudadas outra vez, mas isso também é mania nossa nacional.
Outra dessas guerras foi a do embrulho das castanhas assadas na rua. Clamavam os do costume que tinham saudades do embrulho em papel de jornal ou folhas das Páginas Amarelas. Ora, eu, como venho todos os dias do trabalho para casa a pé, faço muitas vezes o gosto ao dedo de comer umas tantas castanhas assadas enquanto vou andando - e dei por mim satisfeito com os novos e higiénicos embrulhos. Principalmente aqueles modelos que têm um segundo "sector" para as cascas, que resolve um problema que várias vezes obrigou a minha má consciência cívica a desculpar-se com o carácter biodegradável de tais restos. E, mais uma vez, rio-me dos críticos à perda de liberdade de consumir castanhas em embrulhos emporcalhados. Hoje à tardidnha lá comi mais umas tantas. Até nem eram grande coisa (a época alta já passou), mas sempre deram... para um post.