… em Lisboa. Cidade de encontros quotidianos entre europeus e africanos - e também gentes de outras paragens. Encontros nas paragens dos autocarros e em tantos lugares de trabalhos e outras servidões. Uma cimeira permanente longe das luzes da ribalta, mas onde há apertos de mãos sinceros e calorosos. E apertos de pescoços decididos e mortíferos, mesmo quando lentos. E apertos nas gargantas, quando o tempo foge e a promessa se não cumpre. E vidas secretas que não vemos, onde sobrevivem pátrias antigas e renascem antepassados. Cimeiras de desencontros, combinados com verdadeiros casamentos. Na sombra da cimeira solene, a cimeira diária dos recantos da cidade.