25.10.12

mas a má-fé não devia ser proibida a estes tão grandes cristãos ?



Descobri esta pérola no Esquerda Republicana.

Pesquei, apenas, uma citação longa (da p. 209), a dar uma justificação perfeitamente ridícula dos Papas escandalosos:

«Os maus papas, aqueles que deram um mau exemplo com a sua vida desordenada, com os seus prazeres, com a sua avareza, às vezes até com algum despotismo no exercício da sua função, esses papas fizeram um serviço enorme à Igreja, porque, sendo eles maus, não perverteram nem alteraram nada daquilo que era a doutrina, nem a moral da Igreja. Humanamente, como não tinham nenhuma autoridade sobre eles, poderiam ter dito: "Meus senhores, como não vivo desta forma, vou mudar a lei para que não esteja em contradição, para que a minha vida não esteja em oposição com aquilo que eu digo." Mas eles sabiam que, enquanto Simão, por assim dizer, eles eram defectíveis, enquanto Simão, eles eram pecadores, enquanto Simão, eles eram homens iguais aos outros, como todos os papas são. Mas não enquanto Pedro: enquanto Pedro eles são aqueles que têm a obrigação de confirmar os irmãos na fé. São aqueles pelos quais Cristo rezou. Como disse Cristo: "Mas eu rezei por ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos" (Lc 22,32).»

Estes "cristãos" não precisam dos anti-clericais para nada: eles próprios se encarregam de denegrir a religião, as igrejas, as teorias teológicas. Monumentos à má-fé.