11.4.12

de seus labirintos digo.


A casa em labirinto. Vive ela, Ana, mostra e interroga. Digo eu. Fazem-se labirintos dos pertences dos vivos, sem outro mapa que não as vozes andando pela casa. Vivem os labirintos em meio às praças, às claras plantados, por nossas muitas graças. E, claro, seus contrários. Tornam-se as casas em labirintos nos desencontros dos passos, nos vestígios de corpos pousados em algumas das palavras. Nascem segredos nas habitações das aves, nos voos rasantes aos troncos das mágoas. À vista do feito, vertem lágrimas os que nunca se perderam num bosque de águas, nunca entraram em terra alheia, nem de súbita iluminação padeceram, no centro íntimo de um labirinto morando perto. Ou dentro, que seja.












(Fotos: Porfírio Silva)