20.11.11

a pele onde eu vivo.



Lamento, mas não dá para perder muito tempo com este objecto. O último Pedro Almodóvar, La Piel Que Habito, não fica bem a este realizador. Uma história mal contada, previsível, cheia de cenas banais, onde até as fabulosas mulheres de Almodóvar ficam mal. Um objecto onde não cabe um pingo de reflexão, onde tudo o que existe está postado em frente do nosso nariz. Este filme é a prova provada de que não é Cronenberg quem quer. Mesmo a um grande como Almodóvar pode faltar a metafísica suficiente para fazer da carne algo mais do que uma peripécia macabra. Um filme de que não ficará rasto.