20.7.11

Barroso tira um cisco do olho



A propósito do encontro de presidentes de junta de freguesia amanhã em Bruxelas (que me perdoem os presidentes de junta, mas quem pode chamar àquilo uma reunião de líderes?), Barroso faz prognósticos antes do jogo (Fracasso da cimeira será sentido em toda a Europa), mas sacode a água do capote: Os Estados-membros "disseram que fariam o que fosse preciso para assegurar a estabilidade da Zona Euro. Bom, agora é a altura de cumprirem essa promessa", afirmou o presidente da Comissão. Ou seja: eu não tenho nada a ver com isso, vim para Bruxelas só para me safar de Portugal, isto afinal dá uma trabalheira e está tudo de pantanas, não tenho a mais pequena ideia acerca do que é ser presidente da Comissão Europeia, vocês façam lá as contas e decidam qualquer coisa, eu não sei bem o quê.
Um Delors indicaria o rumo que a sua visão lhe ditasse. Barroso, que costuma perguntar ao directório o que pode propor sem ferir susceptibilidades, habituou-se a não ter ideia nenhuma própria - e está muito aborrecido porque os outros desta vez não se entendem acerca do que ele, Barroso, deve pensar. E ele, consequentemente, não pensa nada. Estava tão contente, porque agora os socialistas foram varridos de praticamente tudo o que é poder na Europa e isso deveria resolver todos os problemas do mundo, mas não, não está a funcionar mesmo nada bem. Até a ideia de regressar em glória para ocupar o lugar de Cavaco, pode, por este andar, sem um beco sem saída.
Quem teve a ideia de dar a nacionalidade portuguesa a este jogador que é só frangos, quando não está lesionado?