30.6.11

o programa e o governo


Quando chegou a vez de Apolónia tive de desligar. Ouvira, até aí, o PM e uma voz por cada um dos partidos que têm deputados por se apresentarem ao eleitorado (que não é, exactamente, o caso dos melancias). As minhas impressões são, talvez por não ter ouvido Apolónia, um pouco difusas.
É cedo para saber quanto durará a simpatia de Passos Coelho, que até parece ter comovido Jerónimo de Sousa. Mas a simpatia não é exactamente a mesma coisa que capacidade negocial. A primeira dá um bom acepipe, sendo necessária a manter a mesa em atitude civilizada (o que não é coisa pouca); a segunda é extremamente necessária para cozinhar o prato principal. É bom, de todos os modos, que o PM tenha, finalmente, percebido que há uma crise internacional.
Maria de Belém Roseira fez, muito bem, um discurso difícil: sabemos bem quais são as nossas responsabilidades, não vamos fugir, mas estamos atentos. E, se o governo tem legitimidade para governar, o PS também tem a legitimidade dos votos que teve. E as perguntas que Maria de Belém fez estão muito para além daquilo que o PM queria, ou podia, responder no momento. São, pois, perguntas que vão "andar por aí".
O principal motivo de expectativa é, para mim, o facto de serem constantes as referências, vindas da maioria, à concertação social. Se for a sério, é importante. E positivo. A ver vamos.