13.6.11

gente da casa





Inês Alvim, no Le Cool (issue 569), a propósito do concerto de Nno Mar, quinta-feira passada:
Apaixonei-me por ele antes de o ouvir. Apaixonei-me por ele, aliás, muito antes de o ver (coisa que nunca fiz). Apaixonei-me da única maneira que é total: platónica, intangível, sem saber se é baixote, careca ou corcunda. Apaixonei-me quando me explicou que a sua música explora a relação entre música, fotografia e escrita. E aqui pensei ‘Bem pode ser baixote, careca, corcunda’. A música a que dá vida é orgânica, instrumental, paisagista. Utiliza o som para fotografar uma paisagem e cristalizá-la em palavras e harmonias sonoras. Faz da música um vértice criativo de artes, com várias camadas e leituras transversais, com vida, força anímica, personalidade. Hoje a melhor vista de Lisboa é secundária. Hoje a melhor vista de Lisboa é reduzida a palco e cenário de Nno Mar.
Do "género", ele diz ser "Alternativa / Experimental / Progressivo". Ouça-se aqui.