29.9.09

notas dispersas, contributos para um rescaldo das legislativas


(Bom, que isto vai ser complicado para o próximo governo, já todos sabemos. Por isso, falemos de outras coisas.)

Quantos aos ideólogos da direita situacionista da área do PSD: esqueçam o José Pacheco Pereira, que perdeu qualquer pingo de credibilidade que lhe restasse com os malabarismos desta campanha. Vê-lo a fazer o pino, em directo na Quadratura do Círculo, acerca do BelémGate, foi penoso. O problema de JPP é que o marketing da sua marca no seu nicho de mercado passava por manter alguma aparência de credibilidade – e essa aparência esvaneceu-se de vez.

É preciso agora olhar para outro lado. Paulo Rangel chegou tarde à campanha do PSD e não conseguiu, por isso, impor a sua cartilha. Mas ainda teve tempo de mostrar que a sua abordagem não mudou desde as Europeias. Paulo Rangel contribui para a política nacional com uma nova visão da luta política: mentir, mentir sempre, mentir sobre tudo – e quanto mais delirante for a mentira mais difícil será desmontá-la. É preciso começar a coleccionar as mentiras de Paulo Rangel e fazer o trabalho de casa de as mostrar ao mundo. E qualquer debate com ele tem de ser preparado na perspectiva de que ele usa compulsivamente a mentira como arma política. Ele vem aí.

E não vem sozinho.